Muitas pessoas relatam que, mesmo cuidando da alimentação, praticando exercícios e cuidando da mente, sentem que sua saúde ainda não está no ponto ideal. Frequentemente, essa sensação de "algo faltando" pode estar relacionada a uma deficiência nutricional pouco percebida, mas bastante importante: a ausência de EPA e DHA, dois tipos de Ômega 3 que trazem benefícios essenciais para o coração e cérebro, que o organismo não produz sozinho.
Por esse motivo, tanto profissionais da saúde quanto organizações científicas reforçam a importância de buscar esses compostos na alimentação ou por meio da suplementação adequada. Afinal, em uma rotina marcada por estresse, noites mal dormidas e má alimentação, preencher essa lacuna nutricional se torna essencial. Para isso, entender o papel do EPA e do DHA pode ser o primeiro passo para transformar sua saúde de forma duradoura.
O que são EPA e DHA, e por que eles são tão importantes para o organismo?
O EPA (ácido eicosapentaenoico) e o DHA (ácido docosahexaenoico) são ácidos graxos poliinsaturados da família do Ômega 3. Embora ambos atuem em diferentes frentes no corpo humano, eles se complementam na promoção da saúde e do bem-estar, sobretudo no que diz respeito ao funcionamento do coração e do cérebro.
Os maiores níveis desses compostos são encontrados em peixes de águas frias, como salmão, atum e sardinha. Em menor escala, aparecem também em fontes vegetais como algas marinhas.
No entanto, alcançar níveis ideais de EPA e DHA apenas pela alimentação costuma ser difícil para a maioria das pessoas, o que torna a suplementação uma estratégia essencial para garantir todos os benefícios do Ômega 3 para a saúde do coração e cérebro.
EPA e DHA na saúde: evidências que você precisa conhecer sobre os benefícios do Ômega 3 ao coração e cérebro
Ao longo dos últimos anos, pesquisas científicas têm demonstrado os impactos positivos do EPA e do DHA na saúde cardiovascular e cerebral. Segundo uma revisão na Revista Brasileira de Clínica Médica, ensaios clínicos publicados entre 2014 e 2024 indicam que o consumo desses Ômega 3 está associado à redução de triglicerídeos, melhora do perfil lipídico e maior elasticidade arterial em pessoas com fatores de risco para doenças cardíacas.
Por sua vez, um estudo publicado no New England Journal of Medicine, mostrou que adultos com triglicerídeos elevados e em uso de estatinas que tomaram 2g de EPA puro duas vezes ao dia apresentaram menos eventos isquêmicos, incluindo mortes de origem cardiovascular, frente ao grupo placebo.
Já uma meta-análise no The American Journal of Clinical Nutrition indica que EPA e DHA podem reduzir em até 20% o risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer. A revista DOR destaca que esses nutrientes contribuem para o bem-estar mental e alívio de sintomas ansiosos, depressivos e dores crônicas devido sua ação anti-inflamatória.
Os suplementos naturais são uma opção valiosa para complementar a alimentação e auxiliar na obtenção de nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo. Com ingredientes cuidadosamente selecionados e fórmulas baseadas em estudos científicos, eles oferecem uma maneira prática e eficaz de complementar a ingestão de vitaminas, minerais, fibras e outros compostos benéficos. É importante lembrar que não se trata de substituir uma alimentação saudável, mas sim de potencializar seus efeitos. (Consulte sempre um profissional de saúde para recomendações personalizadas.)
Quanto consumir, como consumir quando suplementar Ômega 3 para trazer benefícios ao coração e cérebro?
De maneira geral, organizações de saúde como a National Health Library (NIH), dos EUA, recomendam o consumo diário em torno de 500 mg de EPA + DHA para adultos saudáveis. Entretanto, essas quantidades podem sofrer ajustes conforme o histórico de saúde da pessoa, sempre com orientação profissional.
Além disso, a forma de consumo do suplemento influencia diretamente na absorção. Por isso:
- Sempre o associe a uma refeição, uma vez que a metabolização do nutriente diminui quando consumido em jejum;
- Escolha produtos que informem claramente a concentração por cápsula;
- Prefira marcas que passem por testes de qualidade.
O último ponto pede atenção especial. Isso porque um estudo publicado no Journal of the Brazilian Chemical Society analisou 15 marcas de suplementos de Ômega 3 comercializados no Brasil e identificou que duas delas foram adulteradas com óleo de soja, mais barato e sem os mesmos efeitos do óleo de peixe.
Fontes naturais e suplementação: qual a melhor opção?
Incluir peixes gordurosos na dieta é uma estratégia para alcançar o consumo ideal para ter os benefícios do Ômega 3 para o coração e cérebro. Contudo, considerando que esses alimentos não fazem parte da alimentação diária de grande parte da população brasileira, a suplementação se torna uma solução acessível e, acima de tudo, prática para o dia a dia.
Dessa maneira, ainda é possível ter maior controle sobre as doses ingeridas, algo que seria difícil de aferir contando apenas com a alimentação.
Saúde verdadeira começa com escolhas inteligentes
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